Hoje é dia de falar sobre as primeiras obras de animação feitas a partir da técnica quadro a quadro. (calma aí que já, já eu explico). Na semana passada o Papo Animado começou a contar a história da animação e o surgimento dos primeiros filmes com desenho, a partir da técnica de substituição por parada de ação:Lembra? Pois então: esses trickfilms fizeram um tremendo sucesso entre o público, mas logo, logo se tornaram repetitivos e a fórmula se esgotou, lá por volta de 1908.
Com o esgotamento do gênero, as produções dos trickfilms tornaram-se pouco interessantes comercialmente, já que eram caras. Os cineastas de filmes de animação se viram obrigados, então, a aprimorar a narrativa e estética em suas obras, elementos que até então eram desnecessários para o sucesso dos filmes de efeitos. Afinal, não bastava a mágica do sumir e aparecer de desenhos, né? Erá preciso não só estética, mas narrativa também.
E de onde os cineastas tiravam as histórias, as piadas e as caricaturas que usariam nas animações? Dos quadrinhos! Foi nas artes gráficas dos quadrinhos, populares desde o final do século XIX, que o Cinema de Animação encontrou seus fundamentos básicos de narrativa e estética. Foi dos quadrinhos também que veio a técnica quadro a quadro, princípio fundamental da produção de filmes de animação até hoje.
Como funciona?
Na técnica do quadro a quadro, cada fotograma (quadro ou frame) é desenhado e registrado separadamente, de maneira seqüencial, com sutis modificações nos desenhos ou objetos de uma cena/fotograma para o seguinte (tipo a seqüências das histórias em quadrinhos mesmo). No momento em que o filme é exibido, esses quadros rodam numa velocidade que faz com que a gente tenha a ilusão de que os desenhos estão se movendo sozinhos.
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